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quinta-feira, 2 de junho de 2011

A Armadilha 

A criação ou o modo de vida ou a personalidade ou algum outro aspecto pode induzir a mulher a se acreditar submissa.
Não necessariamente que ela se veja assim, mas pode ser sugestionada a acreditar.
Onde quero chegar?
Muita submissa não é, por natureza, submissa.
Mas podem ser abordadas num momento de fragilidade ou por alguém com lábia suficiente para oferecer a "leitura" que pareça esclarecer tudo.
De repente tudo parece ganhar sentido, e a mulher passa a se acreditar sub.
Junte uma boa dose de promessas de aventuras, emoções, sensações nunca antes vividas e a arapuca está armada.
Mas o processo é tão parecido com os que levam a descobertas de subs verdadeiras que fica difícil saber a receita para evitar o erro.
O BDSM é naturalmente sedutor, é fácil "vender" um pacote encantador onde a mulher é a peça que faltava. Tentador.
Mas não só vítimas inocentes caem na armadilha, muitas querem cair, muitas precisam cair.
É uma troca, uma cumplicidade silenciosa, um acordo não explícito: vc finge que domina, eu finjo que me entrego.
Mas estamos falando das que caem na armadilha, induzidas por "malandros", espertos que querem se aproveitar de um conceito encantador cheio de perspectivas e promessas.
O BDSM de hoje está cheio dessas vítimas, que usam coleiras por dias, semanas até meses para enfim perceberem que não fazem parte deste universo e saem feridas, frustradas e, em alguns casos, perdendo muito mais que seus preciosos tempos.
Além desta, ainda existe outra vítima, a verdadeira sub que recebe o "diagnóstico" errado, são levadas a crer que pertencem a outros grupos, ou que só são subs de fato se fizerem isto, aquilo, que aceitam como soberanas certas ordens que no fundo atentam contra suas naturezas, abdicam de sua individualidade e senso crítico levadas por um papo articulado e convincente.
O que torna grande a armadilha é que ela é extremamente parecida com o que existe de verdadeiro no universo BDSM.
Um Dom sedutor e envolvente se parece muito com um Dom centrado e ciente de suas responsabilidades, uma tarefa pode parecer altamente natural para uma sub que enfrenta seus limites, uma argumentação parece tão lógica e bem urdida que chega a oferece autênticidade ao oportunista, ou seja, o falso e verdadeiro são imagens refletidas, mas qual delas é a falsa?
Para saber, é preciso lembrar que uma sub jamais deve deixar de pensar, que sempre deve buscar o entendimento, que deve sempre esperar crescimento da mulher como resultado da entrega da sub, que deve esperar um Dom que cuide, proteja e oriente, que não admita ser tratada como mero objeto.
Mas tb deve se lembrar que servir é lidar com limites, se sentir desafiada e querer vencer, não esperar recompensas, saber que sempre vai estar sendo confrontada, com seus histórico, suas crenças, seus medos.
É fundamental lembrar que Dom não é amante.
Quando a sub tem tudo isto em mente, ela diminui e muito a chance de cair em armadilhas.

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