Seguidores

domingo, 9 de outubro de 2011







Eu não sei se você reparou,
mas eu subi até a montanha mais alta.
Eu estudei as colinas mais pedregosas,
aprendi a passar por todas;
sofri,
claro que sofri,
mas fui voando,
e crescendo,
e sendo sempre a batalha não perdida.

Eu fui ver onde era o holocausto,
vi com meus olhos
toda a morte e toda a treva da dor.
Mesmo assim eu continuei a andar.

Eu vi todo o mundo que estava magoado,
mesmo que ninguém admitisse o pranto.
Eu vi onde estavam todas as lágrimas.
Tentei resgatar gota por gota,
mas já era tarde,
e algumas coisas evaporaram antes de eu chegar.
Mesmo assim,
lutar
em nome de algo maior,
que não sabemos ao certo o que é.

Eu salvei o amor dos braços do monstro.
Corri do inferno, que agora está amedrontado,
e trouxe até seus olhos o que há de mais belo.
Eu fui aonde ninguém foi pelos seus olhos
porque você tem o sol da revolução de mim.

Então,
quando ofereci,
você alegou que o mundo está a nos separar
quando na verdade é só a rua que precisa ser atravessada.
Quem veio já de outras dimensões
não teme dar mais alguns passos,
pingando romantismo e nostalgias diversas,
para finalmente abrir seus olhos
e precipitar a chuva da primavera,
quando tudo floresce como revelações.

Assim me construo,
chamo você...
Assim o poeta espera o dia,
sem alarmes,
porque o pior passou,
a poetisa venceu.
Outras batalhas virão,
é bem verdade,
mas nenhuma colocará em risco as descobertas que já temos,
as esperanças que já construímos.

Nenhuma batalha terá o poder
de acabar com os versos seus,
onde me fiz e me transformei,
e de onde me entrego
ao rumo determinado do seu coração. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário