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domingo, 15 de maio de 2011


Bondage e Dominação para o Iniciante - Jamer Bryant
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Dominação e Submissão (D/s) é um tipo de relação alternativa na qual o Dono ou Dominador controla as ações, emoções e vontade da escrava ou submissa, a quem frequentemente se refere como “sub”. D/s não se refere ao ato sexual, necessariamente. D/s é mais análogo à sedução. O Dono seduz a escrava com seu poder, a escrava seduz o Dono com sua entrega e servidão. O sexo ocorre no relacionamento, mas, no presente Guia, estou falando sobre o estilo de vida, não sobre a prática sexual. “Escrava” e “sub”, assim como “Dono” e “Dom” não são títulos permutáveis. As diferenças serão aprofundadas mais adiante. Uma relação D/s se dá entre dois seres adultos que consentem no sentido da direção do seu relacionamento. Eles concordam que um dos parceiros será o dominador, controlando, e o outro será submisso, sendo controlado. Como em qualquer outra relação, é uma via de duas mãos, embora para os ‘forasteiros’, pareça não ser. O Dono conta com a escrava tanto quanto a escrava conta com o Dono. Eles dependem, um do outro, para satisfazer suas próprias necessidades. Cada parceiro tem necessidades diferentes, definidas por seu papel como Dominador ou como sub, mas cada um é satisfeito, embora de formas diferentes. Cada casal terá seu próprio código de conduta. Este Guia fala sobre o meu, mas cada relação D/s é diferente uma da outra. Entretanto, há algumas regras básicas que são universais.

Capítulo 1 – Definições básicas
Dominação e submissão não devem ser confundidas com Sadomasoquismo. Para tornar isso mais claro, vou incluir algumas definições básicas. Elas foram tiradas do Dicionário Americano de Heranças.

Servidão – 2) estado de sujeição à força, poder ou influência. Vem do inglês arcaico, bonda, que significa fazendeiro.

Dominante – 1) Exerce maior influência ou controle; governa. 2) Maior proeminência em posição ou prevalência; superior. Vem do francês arcaico e do latin dominans, dominar.

Dominar – 1) Controlar, governar ou regular por autoridade ou poder superior. Vem do latim dominare, regular > dominus, Senhor.

Submissa – vem de Submeter.

Submeter – 1) Ceder ou render-se à vontade e autoridade de outro. 2) Sujeitar-se a condição ou processo. 3) Ceder à opinião ou autoridade de outro, entregar-se. 4) Concordar em ser sujeitado, aquiescer. Vem do Inglês antigo submitten > do Latin submittere, colocar sob: sub=sob + mittere=motivar, causar.

Sadismo – 1) A perversão de obter satisfação sexual pelo ato de infligir dor em outros. 2) Deliciar-se na crueldade. 3) Crueldade extrema. Derivado do nome do Conde Donatien de Sade (1740 – 1814).

Masoquismo – 1) Condição anormal em que a excitação e satisfação sexual depende grandemente em ser sujeitado a abuso ou dor física, seja por si mesmo ou por outro. Nome advindo de Leopold Sacher-Masoch, novelista austríaco (1836-1895)

Sadomasoquismo – 1) A perversão de obter prazer, especialmente gratificação sexual, pelo sadismo e masoquismo simultâneo.

Se você ignorar os termos “perversão” e “anormal” nas definições acima, ainda poderá perceber que em nenhum lugar nas definições de dominar e submeter há dor como uma parte integral. É uma diferença entre gradação e propósito. Não estou dizendo que SM é errado, ruim ou indesejável. Apenas está num patamar mais elevado do que D/s, e pode ser muito intenso para um iniciante. Algumas pessoas podem confundir D/s pesado com SM. Mas são coisas completamente diferentes.

Capítulo 2 – Os Partipantes
Embora possa ser visto aparentemente que todo o poder da relação corre do Dominador ou Dono para a submissa ou escrava, isto é de alguma forma enganoso. Os parceiros numa relação D/s, não importa que lado ocupem, são iguais numa certa medida. Ambos os lados têm poder, mas de formas diferentes. O Dom deve ser a autoridade final, mas a sub é que inicia a maioria das ações.

Para evitar mal-entendidos deve-se entender a diferença entre Dom e Dono e entre submissa e escrava.

O Dominador, ou Dom
“Muitos Dominadores inexperientes acreditam que tudo o que precisam é simplesmente dar ordens à sua sub, de maneira aleatória. Não é assim. Há muito mais a ser dito sobre o que seja necessário para ser um bom Dominador.” (Rex99, 21/07/95, AOL)

Dominação não é dar ordens aleatoriamente. Um bom Dominador vai descobrir jeitos da sub desejar dar-lhe prazer. Um Dom, ou Dominador, é o protetor, professor e amante para a sub.

Como protetor, o Dom deve ser a) mais forte do que a sub, e b) mais forte do que qualquer outra pessoa na vida da sub. Isto não quer dizer que tenha que ser fisicamente maior ou mais forte. Estou falando de caráter e personalidade.

Como um professor, o Dominador deve ser sábio e, acima de tudo, justo. O Dom não deve punir a sub arbitrariamente por capricho. Deve ter uma razão ou poderá destruir a confiança e a segurança da sub. O Dom deve ser respeitado pela sub. Respeito é uma qualidade que o Dom ganha por ser justo, provendo correção ou recompensa rapidamente para a sub. O Dom não existe para infligir dor ou degradar a sub, mas para dar à sub o objetivo de como amá-lo e dar-lhe prazer.

Como amante, o Dom é amoroso e, quando apropriado, severo. Ele precisa reconhecer que é a única fonte de prazer para a sub. Ele precisa entender que não pode negligenciar esta área. O Dom deverá, quando conveniente, ser gentil, carinhoso e apoiar a sub. Uma relação entre Dom/sub não é apenas para subjugar. É também para cuidar do bem-estar da sub. Se punição for necessária para interromper uma ação destrutiva da sub, isto deverá vir do Dom. Por outro lado, quando uma ação correta for notada pelo Dom, este deverá dar à sub amor e carinho.

O Dono
O Dono ocupa o lugar mais alto no controle da D/s. O Dono segue as mesmas regras que o Dom, mas num sentido mais rigoroso. O Dono por ter uma escrava, mas pode chamar sua escrava de sub. A escrava é propriedade e “encoleirada” por seu Dono. O Dono considera a escrava sua posse, mas de alto valor e amada, a coisa mais valiosa que ele possui. Ofensas contra as regras criadas pelo Dono são administradas com mais rigor, na maioria das circunstâncias. Além disso, o Dono, quando satisfeito, deixa fluir profundo amor e carinho por sua escrava. O Dono também protege mais sua escrava, porque ela é totalmente dependente dele.

A Submissa, ou sub
Sem dúvida, a submissa serve; o Senhor recebe. Mas isto não significa que ela não tenha senso de si mesma, ou auto-estima. Suas necessidades são reais, e ela deveria deixar uma relação na qual suas necessidades não sejam satisfeitas.” (Rex99, 21/07/95, AOL)

O papel de submissa parece ser bastante simples, mas, na realidade, a sub desempenha um grande papel na construção da relação D/s. O papel primordial da sub é seguir as direções de seu Dominador e agradá-lo. Ser submissa não significa ser um capacho do Dono. A sub é a companheira do Dono, sua aluna, e sua amante.

Como companheira, a sub é tratada com respeito e dignidade, é autorizada a emitir opiniões e participar das atividades do Dono. É a área onde a sub desfruta de maior igualdade.

Como aluna, a sub aprende a dar prazer ao Dono e, quando o faz, espera ser recompensada por ele. Da mesma forma, quando não o faz ou o faz incorretamente, a sub espera ser corrigida e que ele lhe mostre a maneira certa de agir.

Como amante, a sub deixa seu prazer para agradar ao Dono porque ela genuinamente preocupa-se pelo bem estar dele. A sub faz isto não por medo da dor ou por querer retribuição, mas apenas porque quer prazer ao Dono. A sub não quer que seu Dono se desaponte com ela.

A escrava
A escrava ocupa o patamar mais elevado na escala da submissão na relação D/s. O objetivo inicial na vida da escrava é servir às necessidades e desejos de seu Dono. A escrava abandona todo o controle nas mãos do Dono, porque ela sabe que o seu Dono quer seu completo bem-estar. A escrava é marcada por seu Dono de alguma forma que mostre que ela é posse dele.

Capítulo 3 – Regras de Dominação e Submissão
Nota: Neste capítulo e daqui para a frente, estarei me referindo aos Donos e Dominadores como Doms. Do mesmo modo, escravas e subs serão chamadas subs.


Para que se obtenha bom resultado, é preciso haver regras básicas. Eu entendo que cada casal é diferente, e duas relações D/s não são as mesmas. Contudo, acordos básicos existem, ou então você pode extrapolar do que seja considerado uma relação D/s.

Nenhum dano pode ocorrer à sub. Isto não quer dizer que punições físicas, disciplina e correção não ocorram, mas elas são calculadas para que não produzam dano real, tanto no corpo quanto na mente. Na D/s, a dor é usada às vezes para corrigir o comportamento, ou como experiência prazerosa, dependendo da pessoa. Não é o foco central da relação.

Limites pré-acordados: É simplesmente um acordo em que Dom e sub estipulam o que farão ou não. Estes limites são diferentes para cada casal. Como exemplo, alguns casais se opõem a que outras pessoas juntem-se a eles numa sessão. É importante discutir honestamente entre si quais os limites pessoais antes de iniciar uma relação D/s. São linhas que não deverão ser ultrapassadas sem pelo menos uma discussão anterior. Estas fronteiras podem ser alteradas com o tempo, à medida que o relacionamento progrida.

A sub deve ter uma “palavra de segurança”, ou algo que possa dizer e que interrompa uma atividade, uma palavra de segurança que é entendida entre os dois parceiros significando que a ação deve ser interrompida. Pode ser que a sub esteja em grande sofrimento, ou que o Dom queira esclarecer uma situação. Usualmente, uma linha foi atravessada sem que tenha sido discutida antes nos acordos pré-estabelecidos, e que agora apareceu. D/s é para ser desfrutada pelos dois parceiros. Limites e palavras de segurança são um tipo de garantia de que as coisas não sairão de controle em ambos os lados. Se o casal está no meio de uma sessão de caning (espancamento com vara), e a sub está tendo um problema com a situação, a palavra de segurança é usada para parar a sessão. Quando a palavra é dita, a ação deve ser imediatamente suspensa. Isto permitirá que sub e Dom discutam que problema houve, corrija o sofrimento ou a situação de perigo, fora da “sessão”.

Comunicação entre Dom e sub é crucial para que uma relação D/s obtenha sucesso. A sub deve falar de seus sentimentos e o Dom deve ser receptivo. O Dom deve também ter consciência dos sinais não-verbais que a sub dá. Para uma relação D/s ser satisfatória, é importante que haja algum grau de afinidade entre os parceiros. O Dom se esforçará para estimular a sub a atingir o seu ideal. A sub deve querer atingir este objetivo também. Se algum desses objetivos não existe, a relação D/s pode tornar-se uma relação abusiva, degradando-se, ou os parceiros separarem-se, insatisfeitos. A D/s deve satisfazer os parceiros mutuamente. Limites e palavras de segurança devem ser a garantia para que ambos tenham prazer e para que não percam todo o controle.

Com o tempo o uso de palavras de segurança e limites pode diminuir, entretanto muitos casais com longo relacionamento ainda fazem uso deles.

Capítulo 4 – Recompensa e Punição
Este é o ponto onde muitas relações D/s se perdem. Punição excessiva por infrações pequenas, não reconhecimento de boas atitudes, ignorância gritante de ações erradas levam a relação ao fracasso. Os papéis de ambos, Dom e sub, são bastante rígidos; os deveres de ambos bem compreendidos. Quando um Dom não pune infrações graves, ou ignora a ação correta de sua sub, os acordos feitos no início da relação se quebram.  É nesta hora que um verdadeiro Dom se mostra. O Dom deve estar no controle não apenas de sua sub, mas de si mesmo também.

No começo de uma relação D/s, o Dom e a sub podem concordar com uma longa lista de ações corretas e incorretas, mas se o Dom não se lembrar delas, a sub “passa por cima” do Dom, e, neste processo, perde respeito pelo domínio do Dom. Seria melhor ter poucas regras no início e, com o tempo expandi-las enquanto a relação cresce.

Excesso de correção é também problemática Se o Dom é cruel ou malvado, a sub apenas fará o que for solicitado por medo da punição. Com o tempo, a sub não terá desejo de agradar o Dom, e o Dom perceberá, de súbito, que não tem controle real sobre a sub.

Punição é uma ferramenta para corrigir ações erradas ou a ausência delas. Nunca deverá ser feita num momento de raiva! Este é um ponto muito importante. Quando você pune com raiva, dano real pode ocorrer já que as palavras de segurança não abolidas e os limites não existem. É uma situação muito perigosa. Em D/s, o Dom se preocupa com os sentimentos da sub. É muito difícil haver empatia quando se está zangado. Dor não é um fim em si numa relação D/s. É apenas mais uma ferramenta à disposição do Dom para garantir que as regras serão obedecidas.

A punição não necessita nem mesmo de incluir dor. Movimentos restringidos, humilhações, palavras ásperas ou apenas um olhar, pode punir a sub. Privilégios podem ser retirados como não permitir que ela se sente em cadeiras e sofás ou ser forçada pelo Dom a dormir no chão ao pé da cama. Há muitas formas de punir ações incorretas. Guarde as coisas mais severas para ações mais graves. Se você bate num cachorro todos os dias, tudo o que você consegue é um cão zangado, incontrolável. O mesmo vale para uma sub, e uma sub zangada é muito mais perigosa do que um cão bravo. Punição deve ser sempre seguida de recompensa quando a sub corrige o que fez. À sub deve ser permitido corrigir o estrago e então deverá ser perdoada.

Recompensas mostram à sub que o Dom está feliz. É uma demonstração tangível de amor e carinho do Dom por uma ação correta da sub. Este é o verdadeiro poder do Dom. A recompensa pode ser um beijo, uma carícia, flores, um pequeno recado, ou mesmo uma longa e suave transa.

Capítulo 5 – Imobilizações
Imobilizações são recursos que o Dom utiliza para restringir os movimentos da sub. Amarrá-la pode ser uma punição, mas freqüentemente é usada para dar prazer, dentro das particularidades de cada relação. Durante a imobilização, o Dom tem total controle sobre a sub, dependendo do tipo de amarras que fizer. Há uma variedade de técnicas que se pode ver em livros e catálogos. Cada uma tem seu uso e objetivo. Independente do tipo de amarração, elas devem ser confortáveis até certo ponto mesmo que restritivas e sem que impeçam a circulação sangüínea. Se a sub estiver em extremo desconforto terá sua atenção focada em seu próprio corpo e não voltada para seu Dono.

Durante a imobilização, o Dom tem quase total controle sobre o corpo da sub, e pode usar este tempo para instruir, punir, excitar ou levar ao orgasmo, segundo o desejo dele. Para ser imobilizado é preciso que haja um profundo nível de confiança da sub em relação ao Dom. É mais nesta hora do que em qualquer outra que o Dom tem que ter toda a percepção dos sinais que a sub dá. Quando a sub está imobilizada a chance para danos salta drasticamente e a sub não fica em posição de defender-se ou de proteger-se. É um ato de submissão total deixar-se ser imobilizada e a sub confia que o Dom fará o que for certo. Assim, o Dom deverá estar em completo controle de si mesmo enquanto manipula a sub imobilizada. Ingerir bebidas alcoólicas ou drogas antes da imobilização não é recomendado.
NOTA: Os itens seguintes deverão ser usados com extremo cuidado. É fácil causar dano permanente ou mesmo matar uma pessoa com estes itens. Se você não está seguro quanto ao uso deles, obtenha ajuda de casais D/s experientes.

Cordas
Imobilização com cordas é a mais comum mas também inclui lenços, gravatas, cintos ou outro item similar. Geralmente, as mãos são atadas uma à outra, mas elas podem ser atadas às coxas, cintura, atrás das costas ou sobre a cabeça. A sub também pode ser atada a outro objeto como uma cadeira, verga de cortina de banheiro, gancho no teto e em muitos outros lugares onde você possa prender uma corda. Os pés também podem ser presos juntos ou separados.

NOTA: Cuidados precisam ser tomados com cordas. É muito fácil interromper a circulação ou queimar a pele. Use uma corda macia e de largo diâmetro, como as cordas náuticas. Examine a sub freqüentemente. Quanto mais a sub lutar, mas apertadas as cordas ficam.

Correias
Normalmente estes items são feitos de nylon ou couro. Estes são itens que podem ir um pouco mais além do que apenas atar mãos e pés. São muito mais difíceis de se livrar deles e muito mais restritivos. Algumas correias unem os punhos às coxas ou aos tornozelos. Imobilização por correia tende a ter um só objetivo.

Algemas
Algemas são usadas principalmente para restringir punhos e braços, pernas e tornozelos também. Podem ser feitas de diferentes materiais, desde nylon com fechos de velcro, a couro, a metal. Cuidados precisam ser tomados já que algemas apertadas podem cortar a circulação. Algemas podem ser usadas para prender as mãos da sub ao tórax, tornozelos, coxas ou a outros objetos. Normalmente, quando a mão ou algemas de dedos não são usadas, a algema é um item especial que prende uma extremidade a outro objeto, uma ou duas de cada vez.
NOTA: Não recomendo algemas de polícia para imobilizações. Elas machucam e podem causar lesões na pele e nos tendões. Utilize uma correia no pulso para este ojetivo.

Correntes
Já que correntes podem causar lesões na pele elas são normalmente utilizadas para dar suporte às algemas ou segurar um artefato de suspensão. Entretanto, alguns Doms usam correntes diretamente na pele porque elas não apertam acidentalmente. Escolha uma corrente macia e fivelas de fácil engate.
NOTA: Correntes podem escorregar e prender a pele, beliscando ou cortando. Examine suas correntes antes de usá-las e, se estiverem danificadas, não as utilize.



Coleiras
Coleiras são dispositivos usados em volta do pescoço da sub. Eles podem ser feitos de couro ou nylon. Correntes ou correias podem ser unidas a elas para prender mãos ou pernas. Estes dispositivos podem ser diferentes de uma coleira que simbolize a posse.

Barras
Barras, também chamadas de barras extensoras são usadas para separar extremidades umas das outras. Normalmente têm entre 30 e 45 cm de comprimento, embora seu tamanho varie. As pontas das barras podem ser presas às algemas de punhos, tornozelos ou pescoço. A barra permite que o Dom controle o movimento da sub e que acesse determinadas áreas facilmente.
NOTA: Cuidados devem ser tomados para garantir que as conexões nas pontas das barras estão apropriadamente apertadas porque se elas se soltarem a barra pode se soltar e atingir a sub ou o Dom.

Dispositivos de Suspensão
Dispositivos de suspensão são usados para tirar a sub do chão. Estes dispositivos são muito avançados e seria melhor não usá-los se for inexperiente.

Variações
Estes itens incluem pranchetas alcochoadas, cavaletes, grades, cruzes, cercas, troncos e muitos outros itens. Estes itens são caros e normalmente tomam muito espaço. Antes de comprá-los certifique-se de que tem lugar para eles em sua casa. São também itens de imobilização avançados.

Para o iniciante eu sugeriria usar o que você tenha em casa. Equipamento de ginástica,  mesa de jantar, cadeiras, verga de cortina do banheiro, gancho sobre a porta ou uma cama com colunas podem servir muito bem para fins de treinamento. Um Dom não precisa de um “calabouço” para treinar uma sub adequadamente.

À medida que você adquirir mais itens especializados para imobilizações, lembre-se de inspecioná-los cuidadosamente antes de usá-los em sua sub. Se o item estiver desgastado ou tiver engates danificados, jogue fora. É perigoso usar itens danificados. No mínimo será uma desnecessária interrupção do jogo. Ou pior, a sub pode sofrer lesões. Estas são as ferramentas do Dom. Mantenha-as funcionando bem.

Capítulo 6 – Itens para treinamento
Há muitos tipos de itens para treinamento. Usualmente eles são usados para punição, mas, se usadas suavemente, podem ser bem eróticas. Estes itens não devem servir a outro objetivo que não seja o de administrar disciplina. São símbolos de poder e autoridade do Dom. Deverão ser tratados com cuidado e respeito. Não manipule um item se não estiver preparado para usá-lo. Estes itens são mais do que simples ferramentas. Devem infundir pavor na sub, e efetuar imediata mudança na atitude dela. São tangíveis evidências do papel do Dom como o administrador de justiça para a sub. Assim sendo, não deverão ser usadas de forma errada ou equivocada.


Cintos podem ser usados para disciplinar a sub. Dobrados pela metade são muito eficazes para espancar. É fácil perder o controle com o cinto e assim causar mais dor do que o necessário. É claro que a intensidade da dor é decidida pelo casal. Chibatas de montaria também são bastante eficientes. O cabo do chicote passando pelo meio das coxas da sub é bastante erótico e uma chibatada, bastante convincente. Açoites são chicotes com várias tiras finas presas a um cabo e podem romper a pele se batidos com muita força, mas se usados com força média ou suave, podem atrair a atenção da sub rapidamente. Eles cobrem uma parte grande da pele, atingindo diferentes áreas sensíveis à dor. Palmatórias tem várias formas e tamanhos e também são usadas para atingir áreas maiores.

Estes itens deverão ser usados para altos níveis de disciplina, já que eles causam maior dor do que a palma de sua mão e podem causar danos se não forem usados com cuidado. Um Dom inexperiente deverá usar o item em si mesmo antes de usá-lo na sub. Desta forma, o Dom tem uma avaliação precisa da força necessária em cada item para produzir o efeito desejado.

Há também artefatos como mordaças, mordaças com bola e máscaras. Não incentivo os iniciantes fazer uso deles. Quando amordaçada, a sub terá dificuldades em dizer a palavra de segurança e poderá ser machucada. Se você precisa usar uma mordaça precisará ser muito cuidadoso e muito bem entrosado com a sub. Outras formas de usar a palavra de segurança podem ser usadas, como segurar a mão da sub, ou uma bola que, se jogada, sinalizará que a sub está tendo problemas e uma interrupção deverá ser feita.

Capítulo 7 – Técnicas de treinamento
Respeito pela sub é muito importante nesta fase. Como um Dom, você está tentando tirar o máximo de sua sub, não quebrar seu espírito e transformá-la num robô.

Mesmo em treinamento, algumas regras devem ser seguidas:
Nunca golpeie a sub no rosto. Um batida leve ou moderada de mão-aberta abaixo do pescoço normalmente é suficiente para dar conta do serviço. Você pode colocar suas mãos na face da sub para fazê-la olhar para você.

Nunca danifique a pele da sub de propósito. Caso isso aconteça, trate imediatamente quando a punição tiver acabaço. Alivie o machucado com loção, falando gentil e carinhosamente com sua sub.

Nunca deixe a sub imobilizada sem atenção. Acidentes podem acontecer e a sub não está em posição de se defender sozinha.

Nunca discipline quando estiver com raiva. Isto já foi abordado anteriormente.

Nunca inicie uma sessão sob influência de drogas ou de álcool. Isto vale tanto para a sub quando para o Dom.

Sempre explique o porquê de determinada disciplina à sub. A disciplina deve acontecer por uma razão específica. Disciplinar arbitrariamente uma sub rompe a confiança em seu Dono.

A punição deve ser de acordo com a ofensa.

A disciplina deverá ser sempre seguida de carinho e amor. A infração ocorreu no passado e já foi administrada. Como Dom, não guarde rancor contra a sub. Permita que a sub seja perdoada.

Há um grande número de técnicas que o Dom usa. Isto varia de casal para casal. Uma técnica que alguns usam é amarrar as mãos da sub sobre sua cabeça, amarrar os pés juntos e, com a palma da mão, dar palmadas na sub desde seus ombros até seus tornozelos, na frente e atrás. Esta é uma forma muito eficaz de conseguir sua atenção.

Recompensar também é muito importante. Ações corretas devem ser recompensadas pelo Dom, ou a sub não se sentirá estimulada a obedecer as instruções dele. Você pode dar à sub uma simples flor, uma nota deixada no computador ou uma carícia. A recompensa vai depender de cada sub e deve dar prazer ao Dom. De vez em quando, um Dom encontrará uma sub cujo spanking seja uma recompensa. Por isso o Dom deve conhecer sua sub completamente. Cada sub é diferente, assim como cada Dom é diferente.

É muito difícil explicar passo-a-passo as instruções de como disciplinar ou recompensar uma determinada sub. Algumas subs são totalmente submissas, outras têm gênio mais forte. De qualquer maneira, a disciplina é uma forma de correção, a recompensa uma condescendência. Se mais correção for necessária, não hesite em escalonar suas ações. Use a quantidade de correção necessária para punir a infração. Não ameace punição. Aplique-a. A sub respeitará muito mais o Dom. Se a sub portar-se melhor do que o Dom espera, deve ser recompensada de acordo. Lembre-se, a força do Dom repousa em seu amor por ela.

Quando usar qualquer tipo de dominação, cuidados precisam ser observados para não causar danos à sub. Se acontecer, interrompa a sessão imediatamente, rapidamente solte a sub de qualquer amarra e cuide do machucado. Noções de primeiros socorros devem ser do conhecimento do Dom porque ferimentos podem ocorrer e o Dom é responsável pela sub.

Humilhação
Humilhação é um estilo específico de dominação que é usado para obrigar a sub a fazer algo em particular que lhe cause repugnância ou a faça sentir-se com menos poder. Exemplos de humilhação incluem fazer a sub comer de uma tigela no chão, disciplinar publicamente a sub ou fazê-la exibir um ato em público considerado embaraçoso. Algumas formas de jogos com excreções (urina, fezes) também podem ser vistos sob este prisma. Este pode ser um meio eficaz de controlar a sub, mas é considerado excessivo. Normalmente, a sub obedece o Dom porque quer agradá-lo. Quando a sub, no entanto, decide ignorar a autoridade do Dom, ou decide ser rebelde, algumas vezes a humilhação pode ser considerada uma boa ferramenta. Pessoalmente, não gosto de usar humilhação como treinamento. Isto depende do casal envolvido e do tipo de dominação.

Restrição de movimentos
Restrição é um tipo de dominação em que a sub tem seus movimentos restringidos. A restrição pode ser reforçada com o uso de cordas ou então apenas com palavras. Restrição de movimentos da sub é largamente usado como técnica de treinamento e pode ser usada em quase todos os tipos de dominação acopladas a outras, como restrição e spanking ou restrição e humilhação. Simplesmente amarrar as mãos da sub atrás das costas dela é uma forma suave de restrição. Dizer à sua sub que ajoelhe, ou não se mova, é uma forma de restrição. Restrições mais pesadas podem incluir amarrar mãos e pés à cama ou num gancho na parede, ou amarrar mãos e pés da sub, juntos. Restrições mais pesadas podem necessitar de material adicional usado para restringir, como barras de afastamento, algemas, cordas ou outros mais específicos. Restrição severa não permitirá muito ou nenhum movimento da sub. Restrição severa poderá utilizar uma grande quantidade de cordas, correias especiais ou equipamentos de suspensão. A quantidade de restrição necessária depende do treinamento ou da cena iniciada pelo Dom.

Dominação Física
Este modo de dominação inclui uma grande variedade de atividades incluindo chicotes, palmadas, açoites e equipamento de estimulação elétrica. Este tipo é geralmente usado junto com a restrição dos movimentos. Outro tipo de dominação física pode incluir mover a sub no espaço sem o consentimento dela, pelo ar, por uma guia ou apenas com a mão em sua nuca. Dominação física é uma forma bem direta de comunicar à sub a posição de autoridade do Dom. Dominação física não tem de ser violenta ou punitiva. Em público, colocar a mão com firmeza no ombro da sub pode ter mais efeito do que dar-lhe uma palmada nas nádegas para corrigir o seu comportamento.

Dominação verbal
Esta forma de dominação não é tão direta quando os métodos acima, mas também funciona. Dominação verbal é controlar pelas palavras e assim efetuar uma mudança na sub. Um exemplo pode ser deslizar por trás da sub num lugar público e sussurrar ao seu ouvido, ou chamá-la “escrava” em público. Ter sua sub chamando-lhe “Senhor” ou “Senhora” em público também pode ser considerado dominação verbal. Alguns Doms exercem tanto poder sobre suas subs que apenas uma palavra ou frase causam mudança instantânea em sua sub, algumas vezes até contra a vontade dela. Estes casos são raros, entretanto.

No caso de Dominação/submissão virtual ou à distância, feita por telefone ou computador, este é a forma usada pelos Doms, já que eles não estão perto para corrigir ou recompensar a sub fisicamente. É muito difícil dominar uma sub fisicamente através de conexão à longa distância. A sub precisa fazer o que o Dom quer, o melhor que puder. Se presilhas precisam ser aplicadas, a sub precisa ser capaz de prendê-las. Desde que seja difícil de assegurar-se do controle físico da sub, a dominação verbal é extensivamente utilizada.

Capítulo 8 – Informações adicionais
Há mais coisas sobre D/s do que apenas palmatórias e açoites, cordas e algemas. Há outros “brinquedos” que podem ser usados e que são úteis, especialmente se os parceiros concordam que a sessão seja mais intensa. Os seguintes itens e técnicas não são recomendáveis para iniciantes, mas estão sendo incluídas para que, quando você se decidir a usá-las, tenha informações à mão para certificar-se de que o jogo continue são e consensual.
NOTA:  Os itens e técnicas seguintes são mais avançados e têm grande possibilidade de causar danos severos ou permanentes. Se você não estar seguro sobre como proceder, obtenha maiores informações com casais mais experientes. Os perigos nas seções seguintes não devem assustá-lo. Os cuidados são para sua segurança e de sua sub. Precaução extrema deve ser utilizada em relação a estas técnicas.  

Cera
Cera é usada por muitos casais para dar um realce às sessões. Cera de vela, pingada em áreas sensíveis do corpo como mamilos, peito ou virilha podem ser intensamente estimulantes para aqueles que tenham grande tolerância à dor. A sensação da cera quente, escorrendo e endurecendo numa conchinha macia pode ser bem erótico. O calor da cera também serve para intensificar a sensibilidade na área e ao redor dela, se a cera não estiver muito quente.
NOTA: Cera muito quente pode causar queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus. Bolhas podem se formar rapidamente e podem resultar em danos à pele. Se a sensação de calor não é muito forte, traga a vela para mais perto, mas só um pouco de cada vez. Se você não estiver certo de quão quente está a cera, teste-a numa parte sensível de seu próprio corpo, como seu pulso ou parte interna do braço. Cuidado para não queimar-se.

Pregadores ou presilhas
Pregadores são utensílios para aplicar pressão a uma parte do corpo. Podem ser usados nos mamilos, no peito ou na parte externa da genitália. Há muitos tipos de pregadores, desde os simples pregadores de roupa aos especiais para os genitais. Alguns têm ajustadores de tensão. Os Doms podem colocar os pregadores e acrescentar pesos neles, ou prendê-los num sistema de suspensão para puxá-los para cima ou para baixo. As sensações podem variar do prazer a um desconforto suave e à dor extrema, dependendo da área onde é aplicado, a quantidade de pressão do pregador e se há algum peso adicionado.
NOTA: Pregadores devem ser usados com cautela, pois impedem a circulação sangüínea total ou parcial. Falta de irrigação pode matar o tecido rapidamente. Por outro lado, pregadores não podem ter pontas afiadas que possam cortar a pele da sub. Quando usar pregadores e pesos, cautela extrema deverá ser observada para evitar romper a pele ou rasgar a pele.

Dispositivos de estimulação elétrica
Dispositivos de estimulação elétrica usam eletricidade diretamente na pele. Quase sempre a intensidade da eletricidade aplicada pode ser alterada de uma baixa voltagem a uma bem elevada. As sensações que advêm desses dispositivos podem ser de muito prazer à dor intensa. Os dispositivos podem ser inseridos em muitos orifícios do corpo ou aplicados na pele ou genitália, dependendo de sua forma ou da intenção de seu uso.
NOTA: Estimuladores elétricos podem ser bem caros para se comprar. Certifique-se de verificá-lo bem antes de usar. Cabos enferrujados, placas frouxas ou mesmo corrosão no dispositivo podem deixá-lo estragado ou perigoso. Jogos desse tipo podem tornar-se rapidamente arriscados para a sub e para o Dom. Se a sub estiver de pé, um choque em suas pernas ou virilhas pode fazê-la desmaiar quase imediatamemte. Um choque inadvertido na espinha pode ter conseqüências imprevisíveis e um choque no coração pode fazê-lo parar ou bater descompassadamente. Estes dispositivos deveriam ser exaustivamente experimentados pelo Dom e pela sub que planejem usá-lo numa sessão. Toda informação sobre a segurança e cuidados que vêm junto com os dispositivos devem ser lidos e compreendidos completamente. Brinquedos elétricos devem ser deixados de lado. É um tipo muito perigoso de brincadeira e necessita ser exaustivamente experimentado antes de se embarcar nele.

Jogos com Gelo
Brincar com gelo pode ser um bem-vindo acréscimo à relação. Gelo pode ser usado nas partes externas do corpo, genitália externa ou até na genitália interna, se cuidados forem tomados. Gelo pode sensibilizar rapidamente as áreas atingidas ou entorpecê-las levemente e pode ser usado por ambos os sexos para intensificar o orgasmo. Com os homens, uma pequena lasca de gelo inserido no ânus durante a ejaculação pode dar a ele um orgasmo mais intenso que o normal. Gelo esfregado nos mamilos causa quase imediato endurecimento facilitando a colocação de presilhas em algumas situações. 
NOTA: Cuidados precisam ser seguidos. Jogos com gelo podem causar congelamento dos mamilos, significando um entorpecimento temporário, dor e diminuição do fluxo sangüíneo na área afetada, o que será interrompido com a aplicação de calor. Congelamento é pode causar a morte do tecido. A pele fica cinza e não há fluxo sangüíneo e ficará com consistência de cera. Queimadura por frio deve ser cuidada imediatamente e o Dom deverá estar observando atentamente as reações da sub para qualquer sinal de que ela ocorra. Não aplique cera quente ou água quente na área afetada pelo gelo. Use o calor de suas mãos ou axilas para reaquecer a área atingida. Por outro lado, gelo inserido no ânus ou na vagina por longo tempo podem causar cortes internos que podem causar severos danos ou até matar a sub.

Treinamento corporal
Treinamento corporal ou físico utiliza aparato especializado para “treinar” uma parte do corpo para que fique de determinada forma durante certo período de tempo. Espartilhos são usados para treinar a cintura e diminuir o abdômen. Treinamento de mamilos puxam eles para fora para aumentá-los. Há outros aparatos específicos para outras partes do corpo. A diferença entre estes e outros aparatos é que o treinamento do corpo ocorre dentro de um período mais longo. Os espartilhos são usados pelas subs por 22 horas diariamente e o resultado deste treinamento pode ser extremamente agradável visualmente.
NOTA: Há que se tomar precauções extremas quanto aos procedimentos. Espartilhos produzem a “cintura-de-vespa” através da mudança de órgãos internos dentro da caixa toráxica. Outros aparatos aplicam pressão e tensão em áreas específicas do corpo por longos períodos. Se usados de maneira imprópria, todos os aparatos para treinamento físico podem causar dor e possíveis danos.

Piercing
Piercing é uma forma de ornamentação do corpo em outras partes que não sejam a orelha, com jóias, como o nariz, sobrancelhas, lábios e mamilos. Nas mulheres o piercing pode também ser feito no clitóris, na pele que cobre o clitóris, nos pequenos ou nos grandes lábios vaginais. Nos homens, o piercing pode ser feito no próprio pênis ou no saco escrotal. Os piercings podem ser temporários, através de uma fina agulha pela pele, ou permanente, pela inserção de um tubo oco que aumenta a cavidade da pele. As peças variam de simples argolas a intrincadas jóias. Correntes, cordas e presilhas podem ser presas às jóias para puxar a pele. 
NOTA: Já que o objeto rompe a superfície da pele, pode ocorrer sangramento. Assim sendo, infecções também podem acontecer. Sangue infectado, gangrena e morte podem advir de inapropriados cuidados com o piercing. Por causa dos perigos envolvidos, a erotização dos piercings deve ser evitada. Todos os implementos utilizados devem ser desinfetados e a área onde o piercing vai ser aplicado, limpa com bactericida.

Traduzido por blueshin

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